Estandes comercializam chapéus, botas, cintos e selas voltados ao setor agropecuário
Vítor Ogawa
As selarias são parte da história e da identidade cultural do setor agropecuário paranaense. A presença de carroceiros e selarias reflete os elementos tradicionais do agronegócio que convivem com a modernidade. Na ExpoLondrina há vários estandes que estão presentes e que comercializam selas, arreios, botas, botinas, cintos, chapéus e outros itens voltados para o homem do campo.
Uma das selarias é de Fernando Ferreira Bordinoski, do Rancho Arizona, cuja empresa começou em 2014. “Era meu sonho de empreender com minha irmã Luciana. A primeira edição que fizemos da ExpoLondrina foi em 2018. Eu digo sempre que comercializamos todos os produtos que o agronegócio gosta”, declarou.
A empresa vende camisas xadrez, cinto de couro, sela, chapéu. “Para quem quiser ficar à caráter, basta vir aqui. A parte de selaria é fabricação própria. Tenho 30 anos de experiência na fabricação de selas. Aprendi um pouco sozinho e um pouco na selaria São Francisco, que fica na rua Duque de Caxias. Me formei em veterinária, mas acabei investindo neste setor de selarias.”
Ele explicou que a de fabricação própria no setor de selaria permite que os produtos sejam personalizados. “Podemos fazer uma sela com o nome da fazenda. Se a pessoa é maior eu faço uma sela maior. O pessoal vem aqui fazer as encomendas.”
Outro expositor é Geraldo Crespo de Freitas, da Selaria Minas Gerais de Santo Antônio da Platina, Norte Pioneiro do Paraná. Ele participa da ExpoLondrina há 38 anos. “É um evento muito grande, com grande público. Ele relembra que a selaria é de 1961 e que o ponto alto foi quando o então governador Roberto Requião encomendou 260 selas para a cavalaria do Paraná. “O segredo para ter uma boa selaria é ter amor ao ofício. Tem que gostar. Aprendi a mexer com os materiais desde criança e a gente vai pegando amor pela profissão.”
Pérsio Aparecido Ladeira, conhecido por Zum, é do Grupo Karandá e dentro do grupo há a loja Pantaneira, que fabrica chapéus e comercializa cintos, botas, linha de tereré, e a selaria e cutelaria. Ele relatou que a fabricação de chapéus começou há 23 anos. “Estamos em Sinop (MT) e em Curitiba e começamos fabricando chapéus para as casas agropecuárias.” Na época ele comprava carapuças no Nordeste e faziam o acabamento sem máquinas, manualmente. “Era carregar os carros e vender nas lojas.”
Contatos:
Pérsio Aparecido Ladeira- (66) 98116-9696
Geraldo Crespo de Freitas- (43) 99909-4911
Fernando Ferreira Bordinoski- (43) 99972-8232/3351-2570
Fotos: Ricardo Chicarelli