ExpoLondrina 2025

Ingresso Expo Parque

ExpoLondrina 2025

Capa

13/04/2025

Hackathon Smart Agro estreia novo formato na ExpoLondrina

Por Mariana Guerin
O Hackathon Smart Agro chega à sua nona edição com um formato diferente na ExpoLondrina 2025: transforme sua pesquisa em uma startup. Tatiana Fiúza, diretora da Inovação da Sociedade Rural do Paraná, explica que a ideia é aproximar a pesquisa do mercado para voltar a gerar startups de impacto.
“A gente decidiu buscar ideias na pesquisa, será que um TCC, uma iniciação científica, um mestrado, um doutorado não pode resultar numa empresa? Então, a gente trouxe esses pesquisadores para o Smart Agro justamente para eles passarem por esse processo de conversar com o mercado, com possíveis clientes, com pesquisadores que já têm essa relação com o mercado, para eles verem se essa pesquisa pode ou não se transformar num negócio”, diz Tatiana.
Nesta edição, o Hackathon tem 103 participantes distribuídos em 22 equipes. “Tem universidades, a maioria de Londrina, mas tem também pesquisadores de Cornélio, Bandeirantes, Jacarezinho e do Mato Grosso. Um dado interessante é que 65% das pesquisas são de mulheres”, assinala a diretora, destacado que as pesquisas são nas áreas de veterinária, agronomia, direito, biotecnologia e ciências de alimento.
“Tem o que a gente chama de food techs, que são startups que estão trabalhando com novos ingredientes, novas formas para lidar com a questão alimentar, a gente tem startups trabalhando com a agricultura dentro da porteira com o produtor, e agricultura fora da porteira, seja na logística, no processo na cadeia produtiva e no desenvolvimento de novos produtos”, completa Tatiana Fiúza.
Ela reforça que este formato de Hackathon com pesquisadores é inédito. “A gente queria voltar a gerar startups de impacto. Acontecia muita desistência porque os projetos não eram tão significativos e robustos para ganhar força no mercado. Então, a gente fez esse movimento justamente por entender que era preciso um processo de melhoria”, justifica a diretora da SRP.
Ela explica que os vencedores do Hackathon Smart Agro têm a chance de participar do programa de aceleração da Sociedade Rural do Paraná, a Go SRP. “A Go SRP é a aceleradora da Rural. E o que ela ensina: fluxo de caixa, como prever o ponto de equilíbrio, que é quando você tem receitas iguais às despesas, como montar uma estratégia financeira, como precificar um produto, como fazer o mapeamento do mercado, quem são os concorrentes, como identificar os seus diferenciais nesse mercado e como se preparar para buscar investidores”, cita Tatiana.
É um processo metodológico, “porque ele vai seguir algumas etapas de formação que não se aprendem na graduação, na pós-graduação e só em especializações muito específicas”, avalia a diretora, reforçando que o pesquisador sai do processo com um produto pronto e formatado. 
“A Sociedade Rural do Paraná também vai ajudar na validação dessa tecnologia. A gente já tem parcerias com algumas fazendas, onde essas pessoas vão poder testar a solução. Terminando todo esse processo, eles já estão com produtos e já venderam para os primeiros clientes. E a gente tem um segundo ambiente de inovação, que é o Cocriagro, no qual a gente faz a conexão da startup com grandes corporações”, declara Tatiana.
De acordo com ela, o empreendedorismo dá muito trabalho. “Eu falo que empreendedorismo não é glamour. Às vezes, a pessoa acha que vai ficar rica da noite para o dia, mas isso não funciona. Então, tem bastante desistência. Mas também tem grandes cases de empresas que saíram do Hackathon e hoje já têm investidor e já estão atendendo o Brasil inteiro.”
Tatiana ressalta que o Hackathon é uma maratona promovida pela SRP Valley, braço da inovação da Sociedade Rural do Paraná, Sebrae e Agrovalley, e que o tempo de um projeto de pesquisa chegar no mercado varia de acordo com a solução. 
“No Hackathon, ele tem a ideia de desenvolver um novo produto para o agronegócio e a oportunidade de conversar com a Cooperativa Integrada, com a Belagrícola, com o IDR, com a Embrapa, com todos os pesquisadores e potenciais compradores dessa tecnologia num final de semana. Então, ele consegue, antes mesmo de colocar o produto no mercado, saber se esse produto vai ser bem aceito”, conclui a diretora de Inovação da SRP.
Fotos:Ricardo Chicarelli
;