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14/04/2025

ExpoLondrina 2025 fecha negócios robustos e projeta vendas no pós-evento

ExpoLondrina 2025 fecha negócios robustos e projeta vendas no pós-evento
Feira registra balanço positivo em vendas diretas e perspectivas de negócios no pós-evento
Vítor Ogawa
A ExpoLondrina 2025 consolidou-se como vitrine do agronegócio e do setor automotivo, com balanço positivo em vendas diretas e perspectivas de negócios no pós-evento. Entre veículos, máquinas agrícolas, selarias e crédito, a feira registrou crescimento em diversos segmentos, impulsionada pela expectativa de safras recordes de soja e milho. 
Confira os destaques:
Venda de Veículos: Crescimento e Modalidades Flexíveis
As concessionárias fecharam entre 15% e 100% a mais que em 2024, com destaque para picapes e veículos utilitários. A Volvo comercializou 4 unidades (R$ 6 milhões e projeta a venda de mais 10 negócios no pós-evento. Juliano Ribeiro, da Volvo Escandinávia, afirmou que esses 4 veículos foram de um mix com valores de R$ 210 mil a R$ 689 mil. “A gente tem que ser visto e estar aqui é um marketing a longo prazo. Tivemos muitos clientes que não sabiam que a marca estava em Londrina.” 
Leonardo Enrico da Silva, da Volkswagen percebeu que do ano passado para este houve 20% a mais de público. “Este ano comercializamos 100 veículos, totalizando R$ 9 milhões. Temos bastante negócios encaminhados. Durante a semana esperamos fechar a venda de 40 veículos. Percebo que a ExpoLondrina está mais organizada e recebeu um público mais confiante. Foi uma bela evolução”, declarou Silva. 
Valdir Rezende, diretor comercial da Metronorte Chevrolet, não quis revelar o valor e a quantidade de veículos vendidos, mas enfatizou que as vendas foram 20% maiores que a do ano passado. Já Rogério Tognolli, do grupo Fiat Marajó, afirmou que comercializou acima de 200 veículos, com uma média de preços em torno de R$115mil. “Temos muita coisa em negociação e dependemos da política da fábrica para fechar esses negócios. O perfil do pessoal que veio é mais comprador. Eles são bem difícil de negociação”, avaliou.
No estande da Citroen/Peugeot foram comercializados 16 carros para cada marca. “Os 32 carros que vendemos geraram cerca de R$ 3 milhões e teremos alguma coisa de rescaldo que podem gerar mais vendas”, afirmou José Eduardo Carneiro dos Santos. 
Leandro Duque, da Divesa/RAM, afirmou que a avaliação da ExpoLondrina foi bastante positiva. “O clima ajudou bastante. No ano passado pegamos alguns dias de chuva. Vendemos 67 unidades, 36 RAM e 31 Jeep, temos carros a partir de 120 mil e a RAM que chega 594 mil cada. Foi de 15% a 20% melhor que no ano passado.”
Os coreanos também estão em alta. Sadrak Gonçalves de Oliveira, gerente comercial Hyundai Lovat, afirmou que o estande comercializou 40 unidades. “Foi muito bom para nós. Entre todos os modelos que vendemos foram R$ 4,8 milhões. No pós-feira devemos fechar mais negócios. Captamos muitos leads. Só temos gratidão.”
Márcio Vinícius Azevedo Ruiz, da Nissan Nicenter, afirmou que foram vendidos 38 veículos, equivalente a R$ 6 milhões. “Tem bastante gente falando que vai na concessionária num período posterior.”
Máquinas Agrícolas: Tecnologia a Serviço do Campo
O setor movimentou milhões, mesmo com desafios no financiamento. De acordo com Alexandro Carvalho, da Agricase, sua empresa comercializou R$ 9 milhões com vendas de tratores, graneiros e colheitadeiras. A Terra Forte comercializou R$ 4,5 milhões em maquinários agrícolas. O gerente comercial da empresa, Fernando Feronato, disse que a edição deste ano correspondeu às expectativas. “Já estamos nos organizando para a próxima edição.” Amarildo Nardoni, da PlantaFértil, relatou que vários negócios surgiram e foram fechados a partir do meio da semana. “Fechamos a venda de plantadeiras, de semeadeiras, de rolo-faca e de uma pá-carregadeira. Por alto comercializamos R$ 3 milhões. Talvez, com o pós- feira, fecharemos em R$ 6 milhões.” Wilson Roberto de Sena, da New Agro, comparou as vendas com o ano passado. “Os números foram 30% a mais do que no ano passado, o que equivale a R$ 7 milhões. O carro-chefe foi a CR585, que foi muito bem aceita no mercado.” 
A Agrotec destacou a demanda por silos, com projeção de crescimento de 80% nos próximos anos. Já a New Holland e a John Deere apresentaram máquinas com IA e automação, como colheitadeiras que ajustam colheita em tempo real.
Wilson Naldi, da Agro Tork Baldan, afirmou que a exposição continua sendo muito boa. “A expectativa foi razoável. Infelizmente estamos sem financiamento e comercializamos com recursos próprios da fábrica. Mesmo assim já queremos reservar o espaço para o ano que vem. Vendemos R$ 1 milhão."
Selarias: Tradição e Aumento de Vendas
As selarias registraram alta de 20% a 50% nas vendas. A Selaria Barretense (SP) vendeu 30% mais chapéus que em 2024, e cintos lideraram as vendas (20% do total). Robson Luiz Rosa ressaltou que o movimento foi superior ao do ano passado devido a localização do estande. 
A Selaria Minas Gerais (PR) faturou R$ 50 mil, com crescimento de 50%, que também atribuiu à melhor localização no evento. “Estou aqui na ExpoLondrina desde 1968. Ele afirmou que é a primeira vez que não realizou vendas por dinheiro, apenas por cartões bancários. A exposição deste ano foi boa”, afirmou Celso Crespo Freitas. Produtos personalizados, como selas com nomes de fazendas, foram destaque. 
A Pantaneira, do empresário Pérsio Aparecido Ladeira, conhecido por Zum, teve um resultado que surpreendeu. “Dentre todos esses anos, comercialmente foi o mais positivo de todos. O clima contribuiu e o clima de festa foi melhor. Vendemos perto de meio milhão de vendas. Comercializamos mais de mil chapéus. Mudar de setor este ano foi bastante positivo para nós.” Rogério Eduardo Messias, da Sibu Chapéus, elogiou esta edição da feira. “A festa cresceu este ano. Nossa venda aumentou 25% em relação ao ano passado. O espaço ficou muito bom”.
Shopping do Hipismo: Visibilidade e Networking
Lojas como Horse VMJ e HM Equestrian relataram aumento de 2 mil seguidores nas redes. Isabela Miranda enalteceu que o maior legado foi o aumento da visibilidade da marca não só pelo hipismo, mas também pelas pessoas que participaram da prova dos três tambores. Esta é a primeira vez na ExpoLondrina e espero alcançar pessoas de outras cidades que visitaram a feira e pretendemos expandir nosso networking. 
Maria Eduarda Pacheco é sócia da Equi’B, marca de produtos dermatológicos e médicos para cavalos e falou que teve uma boa venda durante a feira. “Tivemos uma ótima aceitação do público. Teve procura por lojistas também, inclusive de Presidente Prudente e Umuarama que vieram nos procurar para fazer a revenda de nossos produtos. Aproximadamente tivemos 100 vendas, equivalendo a R$ 20 mil, mas também temos vários negócios que serão gerados a partir da feira. Já a Pullo Equestrian já vinha registrando boas vendas e estava sem alguns produtos no meio da semana e a loja já estava fechada no último dia de feira.
Consórcios e Crédito:
Jaime Canevari, gerente regional do agro do Sicoob Ouro Verde, afirmou que este ano a ExpoLondrina superou as expectativas. “Entre captação, investimentos, empréstimos e consórcios foram R$ 200 milhões e tem muita coisa que a gente planta aqui e pode gerar negócios no pós-feira. Acredito que tenha mais R$ 20 milhões de negócios captados aqui que podemos fechar nos próximos meses.” Segundo ele, nas três safras passadas o agronegócio foi prejudicado pela seca, mas hoje teve uma boa safra de soja e o milho tem uma expectativa boa.” Para comparar, no ano passado o Sicoob fez R$ 100 milhões na ExpoLondrina. “Conseguimos dobrar a meta na edição deste ano. Comparando com o ano passado o público também foi maior”, declarou.  
Leandro Rafaeli Quaglio, assessor agro do Sicredi Dexis, afirmou que a unidade fechou negócios na ordem de R$ 20 milhões em consórcios. “Financiamentos ainda não temos os números finais, mas fechamos pelo menos R$ 5 milhões de financiamento entre maquinários e carros. Ele explicou que neste ano a maior dificuldade foi provocada pela taxa Selic, que está mais alta. “No passado essa taxa estava em 8% e este ano está 14,75% e isso faz as pessoas fugirem do financiamento e o crédito fica mais caro.” 
Mesmo assim, ele acha que em termos de relacionamento o número de pessoas que passou pelo estande foi mais alto que o ano passado. "É uma semente que estamos cultivando para mais tarde. Esperamos fechar pelo menos R$ 20 milhões no pós-feira com os contatos daqui.” Ele espera que com o advento dos custeios e com a possibilidade do BNDES reabrir algumas linhas de crédito há a possibilidade de gerar mais negócios. “Como vi muito associado nosso aqui, eles devem decidir nos próximos dias. Vamos tentar captar as oportunidades. “ 
A Cresol divulgou apenas os números iniciais dos financiamentos liberados na ExpoLondrina, em torno de R$ 6 milhões, mas afirmou que os números mais consolidados devem ser divulgados pelo marketing da instituição no pós-feira.
A HS Consórcios afirmou que possui R$ 30 milhões de negócios confirmados e já pagos, sem contar o último dia de vendas. “Se formos contar de negócios futuros, chega perto de R$ 60 milhões. Têm pessoas já chamando para tirar dúvidas. Ano passado fechou em R$ 34 milhões e posterior a isso chegou a R$ 52 milhões. A avaliação da ExpoLondrina é totalmente positiva e queremos estar aqui no ano que vem novamente”, disse Felipe Lampert supervisor comercial da HS Consórcios. 
Na Ademicon Consórcio e investimento foram comercializados R$11.322.924 em consórcios. Amadeus Kozechen, licenciado da Ademicon, falou que foi a primeira vez e está feliz com a participação. “Foram muitos bons negócios gerados. Estamos felizes com o resultado da feira e pretendemos retornar.”
Fotos: Ricardo Chicarelli, Leonardo Orcini e Henrique Campinha
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